Mudanças Climáticas
Tragédia global, ação local!
Tempestades torrenciais na Europa e na Ásia. Temperaturas recordes marcam o calor nos Estados Unidos e no Canadá. Baixa umidade do ar e ondas de calor facilitam incêndios florestais na Espanha, Rússia e também nos Estados Unidos. Degelo no Ártico ameaça prédios e cidades no norte da Rússia. No Brasil, queimadas e desmatamentos sem precedentes diminuem as áreas verdes na Amazônia e no Pantanal.
Tudo isso somado a uma pandemia mundial ocasionada pelo Covid-19, o novo coronavírus, que pode estar ligada, diretamente, a fatores de destruição de habitats naturais e pela facilidade de locomoção dos humanos pelo planeta.
Tudo isso somado a uma pandemia mundial ocasionada pelo Covid-19, o novo coronavírus, que pode estar ligada, diretamente, a fatores de destruição de habitats naturais e pela facilidade de locomoção dos humanos pelo planeta.
Tragédia sanitária
Esse é um resumo do panorama mundial que estamos enfrentando em 2021 e que, diariamente, enchem os meios de comunicação com notícias, indicando centenas de mortes e milhares de desabrigados pelas mudanças climáticas, milhões de óbitos em razão da Covid-19 e outros milhões de pessoas com sequelas: um mundo marcado por tragédias ambientais e sanitárias por irresponsabilidade de grupos políticos que governam nações, atuando contra o meio ambiente e contra a ciência.
No Brasil, o estrago também é grande e é perceptível o despreparo do governo federal para lidar com a pandemia, com atuação negacionista e institucionalizada na adoção de medidas de combate ao coronavírus.
A falta de informações sobre a Covid-19, a indicação de remédios sem comprovação científica e eficácia duvidosa, o atraso na aquisição de vacinas, a militarização do Ministério da Saúde e de outros setores, o crescimento da pobreza e da fome a níveis alarmantes e a campanha eleitoral antecipada do atual presidente da República pelo país revelam o que Jair deseja ao governar o Brasil: poder e fortuna para si, família e amigos. O resto, na relação com o Congresso e o STF, são só firulas.
No Brasil, o estrago também é grande e é perceptível o despreparo do governo federal para lidar com a pandemia, com atuação negacionista e institucionalizada na adoção de medidas de combate ao coronavírus.
A falta de informações sobre a Covid-19, a indicação de remédios sem comprovação científica e eficácia duvidosa, o atraso na aquisição de vacinas, a militarização do Ministério da Saúde e de outros setores, o crescimento da pobreza e da fome a níveis alarmantes e a campanha eleitoral antecipada do atual presidente da República pelo país revelam o que Jair deseja ao governar o Brasil: poder e fortuna para si, família e amigos. O resto, na relação com o Congresso e o STF, são só firulas.
Recordes negativos
Em termos ambientais, nos últimos anos o Brasil bateu todos os recordes com derrubada de florestas e de queimadas para beneficiar meia dúzia de empresários, políticos e ministros, incluindo o senhor Ricardo Salles, alcunhado de anti-ministro do Meio Ambiente.
Salles acumula denúncias de uma série de crimes: defender o negacionismo climático; realizar alianças com madeireiros ilegais para facilitar derrubada de florestas; promover o desmonte da fiscalização do IBAMA e do ICMBio; ignorar denúncias de garimpos clandestinos para extração mineral em terras indígenas; facilitar exportação de madeiras extraídas de forma ilegal e perdoar dívidas de ruralistas e de grileiros são apenas alguns exemplos.
Eletricidade mais cara
Enquanto isso, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) anuncia novas tarifas para os consumidores, buscando compensar o aumento dos custos com a produção de eletricidade. No Brasil, a maior parte da energia produzida ainda é proveniente das hidrelétricas.
A falta de chuvas nas principais bacias hidrográficas obriga o governo a acionar usinas termelétricas para evitar apagões, utilizando uma fonte de energia mais cara e com mais danos e prejuízos ambientais.
Em julho de 2021, foi publicada a Lei Federal 14.182, que autoriza o processo de privatização da Eletrobrás. Assim, para os próximos anos podemos esperar tarifas mais caras para os consumidores. O discurso dos governos para a defesa das privatizações é sempre o mesmo: mais investimentos e redução nas tarifas para o consumidor.
A falta de chuvas nas principais bacias hidrográficas obriga o governo a acionar usinas termelétricas para evitar apagões, utilizando uma fonte de energia mais cara e com mais danos e prejuízos ambientais.
As constantes crises energéticas no país revelam a incompetência administrativa e política dos governos para resolver problemas como apagões e altas tarifas, problemas que afetam diretamente a qualidade de vida das pessoas.
Em julho de 2021, foi publicada a Lei Federal 14.182, que autoriza o processo de privatização da Eletrobrás. Assim, para os próximos anos podemos esperar tarifas mais caras para os consumidores. O discurso dos governos para a defesa das privatizações é sempre o mesmo: mais investimentos e redução nas tarifas para o consumidor.
Soberania em xeque
Entretanto, segundo o ex-presidente da Eletrobrás, Luiz Pinguelli Rosa, a privatização da empresa deve trazer um aumento do custo de energia elétrica da ordem de 20% a 25% ao longo dos próximos anos.
A privatização da Eletrobrás, considerada a maior empresa estatal de energia elétrica da América Latina e que abastece mais da metade da energia no Brasil, levanta outras questões importantes que devem ser discutidas e, uma dessas, é sobre o poder do controle do uso da água por parte dos novos gestores. Pois, 90% da energia gerada ainda é obtida com as usinas hidrelétricas.
Quer dizer, não apenas o poder sobre o uso das nossas águas segue ameaçado, mas também a soberania energética do Brasil.
Países como Alemanha, Japão, China e os Estados Unidos controlam os respectivos setores energéticos, diferentemente do atual governo brasileiro que acelera o processo de entreguismo do patrimônio e das riquezas brasileiras para o capital privado e internacional.
Garimpos ilegais
Mas, quem nunca estudou no ensino básico os efeitos dos “rios voadores” da Amazônia para o volume de chuvas e umidade do ar nas regiões centrais e do sudeste brasileiro?
Essa falta de chuva em alguns lugares e excesso em outros, ondas de calor e de frio intenso não são consequências das mudanças climáticas?
Quem é ou quem são os verdadeiros responsáveis pelas mudanças climáticas?
É muito fácil para os governos e não é (de)mérito apenas da gestão atual, simplesmente acionar outras formas de geração de energia elétrica e aumentar as tarifas de luz, sem fazer a “mea-culpa” e atacar as verdadeiras causas do problema.
Soluções ambientais
Para garantir a nossa qualidade de vida, sem comprometer a capacidade das futuras gerações de prover suas necessidades, é essencial incentivar e garantir os meios para a preservação ambiental da Amazônia, do Pantanal, da Caatinga, do Cerrado e das poucas glebas de Mata Atlântica que ainda restam no Brasil.
Os governos precisam priorizar, urgentemente, pautas ambientais com vistas ao desenvolvimento sustentável e ao futuro do planeta. É preciso que o ser humano atue de forma responsável e consciente na relação com a natureza.
É através da educação ambiental que conseguiremos conscientizar e mobilizar a sociedade para a adoção de um estilo de vida sustentável, capaz de garantir a existência de toda a forma de vida no nosso planeta.
Educação ambiental e sustentabilidade precisam ser pensadas a partir de meios e modos de vida que priorizem a justiça social, o respeito às diferenças e a justa distribuição de renda. Torna-se uma falácia acreditar em modelos sociais sustentáveis com a desigualdade social presente no nosso país e no mundo.
Os governos precisam priorizar, urgentemente, pautas ambientais com vistas ao desenvolvimento sustentável e ao futuro do planeta. É preciso que o ser humano atue de forma responsável e consciente na relação com a natureza.
É através da educação ambiental que conseguiremos conscientizar e mobilizar a sociedade para a adoção de um estilo de vida sustentável, capaz de garantir a existência de toda a forma de vida no nosso planeta.
Educação ambiental e sustentabilidade precisam ser pensadas a partir de meios e modos de vida que priorizem a justiça social, o respeito às diferenças e a justa distribuição de renda. Torna-se uma falácia acreditar em modelos sociais sustentáveis com a desigualdade social presente no nosso país e no mundo.
"Vidas Secas"
O meio ambiente está relacionado com o modo que vivemos. Assim, precisamos pensar em formas de organização social que considerem o ser humano como parte do processo e não o centro, regidos por uma legislação eficaz e condizente, com interesses coletivos e sem vinculos a grupos capitalistas.
É preciso pensar e fazer ciência, com investimentos em pesquisa e em tecnologias. E não há outro modo senão por meio da Educação, que se constitui como a premissa para construir sociedades conscientes e sustentáveis.
Atualmente, grande parte do arcabouço jurídico brasileiro atende aos interesses do capital nacional e internacional, ávidos por lucros incessantes e com práticas predatórias.
É preciso pensar e fazer ciência, com investimentos em pesquisa e em tecnologias. E não há outro modo senão por meio da Educação, que se constitui como a premissa para construir sociedades conscientes e sustentáveis.
Energias infinitas
Luz e água são elementos fundamentais para a nossa sobrevivência e para garantir o avanço social e tecnológico em direção ao desenvolvimento sustentável. Por isso, torna-se improrrogável investir maciçamente em energias eólica, solar e isentar de impostos as empresas e o consumidor para adquirir produtos e acessórios de energias limpas e renováveis.
Atualmente, o modelo energético brasileiro constitui-se em um freio ao desenvolvimento social: é excludente e perigoso. Água e luz tornam-se itens de luxo na sociedade e toda a conta para suprir falhas desse sistema são imputadas aos mais carentes de renda.
Portanto, precisamos pensar no ideal de mundo com práticas e relações sociais sustentáveis e construir ações que tracem o caminho para se chegar lá. O tempo para isso é nosso e das próximas gerações.
Privatizar ou não privatizar o setor elétrico não deveria ser a principal questão, pois o atual modelo energético, quase totalmente dependente da fonte hídrica, esteja esse nas mãos de quem quer que seja, continua sendo ultrapassado e contra o consumidor.
O Estado brasileiro deveria se ocupar em criar as condições para atender, até 2030, os ODS (Objetivos do Desenvolvimento Sustentável) e garantir o acesso a energia elétrica de fontes renováveis, barata, confiável e sustentável.
O Estado brasileiro deveria se ocupar em criar as condições para atender, até 2030, os ODS (Objetivos do Desenvolvimento Sustentável) e garantir o acesso a energia elétrica de fontes renováveis, barata, confiável e sustentável.
Agrotóxicos nas plantações
Para finalizar, também é importante ressaltar o atual papel do agronegócio brasileiro frente às mudanças climáticas, com diversas práticas tóxicas ao meio ambiente: monoculturas e concentração de terras nas mãos de poucos e ricos latifúndios desde os tempos do império; uso indiscriminado de pesticidas - o Brasil é maior consumidor mundial de agrotóxicos; propiciar o avanço no desmatamento da Amazônia e do Cerrado para o plantio de monoculturas transgênicas e regadas com produtos químicos.
Ainda que fosse necessário, segundo analistas econômicos e ambientais, o Brasil já tem áreas suficientes para criar ruminantes e plantar grãos para exportação, sem a necessidade de derrubar mais florestas e promover queimadas, muitas das vezes, apenas para vender a madeira e a terra ficar ociosa, pobre de nutrientes e improdutiva.
Consumidor contaminado
Todas essas ações do agronegócio contribuem para diminuir as áreas verdes e contaminar o meio ambiente com produtos químicos e beneficiar, além de ruralistas, os exportadores, os bancos e os “politiqueiros”.
O aumento do Produto interno Bruto (PIB) pela exportação de commodities (bens de consumo mundial comercializadas em bolsas de valores como a soja, o milho, o minério e derivados de petróleo) não mata a fome dos brasileiros de baixa renda e muito menos diminui a sua pobreza.
O aumento do Produto interno Bruto (PIB) pela exportação de commodities (bens de consumo mundial comercializadas em bolsas de valores como a soja, o milho, o minério e derivados de petróleo) não mata a fome dos brasileiros de baixa renda e muito menos diminui a sua pobreza.